Ombro, evoluir nos fez sofrer? 

A forma como andamos, durante a nossa evolução como espécie, modificou-se e continua nesse processo de ajuste, lógico, somos uma espécie dinâmica que sempre busca a sua melhoria e máximo desempenho… Será?
Mas se evoluímos, por que sentimos tantas dores pelo corpo?
A mudança da locomoção de quatro para dois apoios foi gradual e trouxe vários ganhos para a humanidade, ficamos mais ágeis, inteligentes, tivemos vantagens de segurança por melhorar nosso campo visual, porém essas e tantas outras mudanças foram moldadas no nosso corpo, mudamos os formatos dos nossos ossos, funções dos membros e por aí vai.
E por que você acha que as mudanças pararam?
Todos os dias temos alguma coisa a mais para fazer, uma função nova a exercer, uma coisa a mais para carregar, um outro lugar para visitar no mesmo dia e vamos acumulando no nosso corpo funções sem muitas vezes dar o descanso necessário para ele ou treiná-lo para exercer um gesto novo, ou te deram alguma aula de como usar o celular e suas diversas funções que eu não vi?
As mudanças vão sendo incorporadas nos nossos gestos cotidianos, muitas vezes aprimoramos o gesto e por outras acabamos fazendo dentro do que conseguimos ou associado à alguma outra coisa, veja se isso já não aconteceu com algum “amigo” seu:

1º Fala no celular;
2º Fala ao celular e cozinha;
3º Fala ao celular, dirige e come alguma coisa.

O nosso corpo é uma máquina de alta performance, multitarefas.
O nosso ombro por exemplo, é uma articulação que paga esse preço multifuncional, a mudança de posição que numa primeira olhada parece ter sido uma diminuição de carga (já que deixou de sustentar o corpo), agora é responsável por uma enorme gama de movimentos, graças à alterações no seu formato articular que a deixaram mais móvel e em consequência mais instável.
Some esse aumento de complexidade gestual, à uma outra realidade que é o fato da maioria dos humanos serem sedentários, sobrecarregam as articulações do corpo com um “empilhamento” de gestos com o objetivo de ganhar tempo, aumento de estress e piora na qualidade alimentar (sim, ter comida não significa ter qualidade de comida).

Para proteger essas articulações e todas as demais, faz-se necessário lembrar que sim, somos uma máquina que necessita de manutenção e cuidados. Dentre os básicos, posso citar:
Movimentar-se, sempre que puder, se possível com calma e qualidade.
Cuide da sua alimentação e hidratação, somos o que ingerimos.
O sono é fundamental para a regeneração do nosso organismo.
Alongue-se durante as atividades do dia.
Dores são comuns e não normais! Procure ajuda quando surgirem!

Vou deixar um link sobre o tema, caso queiram ler com calma!

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