Estalos, será que isso é Osteopatia? 

Muitas pessoas quando pensam em tratamentos manipulativos para o pescoço, logo imaginam manobras em que o mesmo é rapidamente rodado para destravar e que na maioria dos vídeos que aparecem com isso, o resultado não é dos melhores. Pensar que isso é osteopatia é um erro que com frequência as pessoas que não conhecem essa linha imaginam como real. Vamos falar como a Osteopatia trata a cerrvical.
Primeiro, preciso dar uma “pincelada” sobre essa região do corpo. A coluna cervical (pescoço) é o início da nossa coluna vertebral, que é dividida apenas em caráter didático em 4 segmentos por saber:
Coluna cerivcal (7 vértebras).
Coluna torácica (12 vértebras).
Coluna lombar (5 vértebras).

Sacro (5 vértebras fusionadas, seguida de outra fusão menor, que é o cóccix).

As peças ósseas da coluna cervical, tem um tamanho menor quando comparados aos outros segmentos como o torácico e lombar, essa e outras características estruturais, conferem à região uma função específica de ter maior mobilidade e ser mais complexa quanto aos sistemas a ela relacionados, como por exemplo, participa ativamente do controle do equilíbrio da cabeça e consequentemente do corpo, interfere na fala, visão, audição, sistema mastigatório, respiração, movimentos dos braços, para não alongar muito o tema, deixo a interferência no resto do corpo para outro momento.
Com isso fica clara a delicadeza dessa região e o temor pela segurança das técnicas aqui aplicadas. Sem esquecer que entre cada vértebra temos a saída de um par de nervos que vão para uma determinada área do corpo e que quanto mais móvel a área, maior a sua fragilidade, deixando clara a necessidade de tomar alguns cuidados que vou listar abaixo.

Busque sempre um profissional qualificado e muito bem recomendado, pelo menos para a cervical evite terapeutas desconhecidos.
Conheça o seu corpo e como funciona, saiba o que deflagrou o quadro de dor, isso pode orientar a sua busca profissional ou linha de tratamento.

A Osteopatia tem um método de avaliação próprio, muitas vezes usa ferramentas já conhecidas como exames de imagem, testes de movimento, história de saúde do paciente bem como um exame físico detalhado na hora do atendimento para avaliar todas as estruturas envolvidas que vão muito além das vértebras.
Nervos, ligamentos, fáscias, músculos, órgãos e sistemas fazem parte dessa avaliação, além dos testes de movimento e dor.
Com tantas estruturas diferentes envolvidas é normal termos mais de um tipo de abordagem para tratar essa região.
Vale dizer que podemos escolher fazer uma manipulação rápida que pode ou não produzir um estalo (ruído), mas ela é muito cuidadosa e nem perto desses exageros vistos em internet, chegam até a ser “elegantes”, mas sempre empregadas com cuidado como todas as demais, pois toda abordagem tem um efeito no corpo, do contrário não seria realizada.
Posso tratar essa região com uma manobra rápida aplicada em uma estrutura óssea ou na mesma estrutura fazer uma abordagem utilizando a força da musculatura do paciente, ou tratar atraves de outros tecidos, como fáscias e ligamentos, ainda posso tratar essa região atraves de alguma abordagem em alguma parte do braço ou da cabeça e acima de tudo, caso eu avalie e ache necessário, posso encaminhar para outro profissional ou um serviço de emergência e não realizar nenhum tratamento naquele momento por entender que não sou a profissional indicada para o momento.
A Osteopatia é um universo muito maior que um estalo e avalia cada indivíduo no exato momento que chega para ser atendido, somando novas informações com as que já possui dele (caso não seja um primeiro atendimento).
A variedade de abordagens e a segurança dessa ciência é o que mais me encanta, o seu poder de adaptação a cada situação apresentada, fazendo de cada paciente uma abordagem única!

Um grande abraço, Adriana Vinha

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